quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

NÚMEROS DE TUCURUÍ

É importante colocar parte de um trabalho realizado pelos doutores RAYMUND GARCIA COTA E FLÁVIO WANDERLEY LARA, sobre o Perfil do Município de Tucuruí realizado em Setembro de 2008.


Apresentaremos algumas partes do Relatório:


....Segundo o relatório, Tucuruí experimenta uma situação peculiar que é a redução do seu território municipal para menos da metade nos últimos 20 anos e um crescimento habitacional bastante elevado, principalmente quanto a sua taxa de urbanização. Hoje é praticamente um município urbano, com apenas 4% na zona rural (2007), o oposto do passado, nos anos 1980, quando a zona rural era até 10% maior que a zona urbana. Diante deste fato, podemos afirmar que Tucuruí tem tido uma atratividade populacional muito grande, o que certamente gera muitos problemas para a economia e qualidade de vida da cidade em seu sitio urbano.

No tocante a instrução, esse é um problema sério do município. Cerca de 70% da população tem menos de sete anos de escolaridade. Mais dramático ainda é que 25% dessa população têm de um a três anos de escolaridade; 10% possuem menos de um ano de instrução, ou seja, semi-analfabeta. Então, essa taxa de 60% consiste em um desafio para a Administração, que deve fazer um investimento maciço em educação, visto o número de adultos solteiros na casa dos 70% que pode representar um grande potencial de força de trabalho a ser qualificada.

Outro fato preocupante na população é a externalidade da origem das pessoas. Podemos afirmar que cerca de 48% da população vive no município há apenas dois de residência ininterrupta; 41% há apenas nove anos. Este é um indicador de um tecido social sem vertebração que devemos considerar, ou seja, cuja origem dos habitantes não é aquela de Tucuruí. Isso cria uma certa dificuldade para a formação de um espírito municipal, de um orgulho local, de um pertencimento à terra, até porque são migrantes. Esta questão, apesar de tudo, aponta para uma readaptação cultural, apesar da continuidade da atração de novos contingentes que ainda chegam, assim inchando a sede urbana.

Na zona urbana, o comércio, as oficinas mecânicas e a Administração Pública juntas correspondem a 74% do estoque de emprego, com destaque para a Administração Pública que aumentou 150% desde o ano 2000. E por sua vez acha-se numa taxa de emprego muito elevada e deve buscar meios de estimular a geração de empregos no setor privado e ser urgentemente repensada no seu crescimento que pode representar uma sobrecarga muito grande para o desempenho da Administração Municipal.

No tocante ao volume de veículos face à planta urbana e suas vias de circulação, é preocupante o seu rápido crescimento. Outro indicativo importante a considerar é o aumento do número de reboques na ordem de 200% nesse século, representando uma expressiva demanda de serviços para esse tipo de atividade.

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